aleatoriedades de uma quarentener
estou organizando minha vida por estes tempos, tentando fazer o que sempre quis fazer. caminhando em passos bem pequenos, mas indo. ir, talvez, seja o verbo mais difÃcil de se conjugar na minha vida de procrastinadora master. depois falamos de tudo que perdi por causa da dupla que carrego comigo diariamente: procrastinação e ansiedade.
sempre fui muito aleatória e me lembro de ser motivo de pouca gozação de uns colegas de faculdade por isso. ônus de quem sonha demais a todo momento. este texto é um punhado de aleatoriedades que venho pensando nestes dias.
a primeira delas diz respeito a minha voz e quem a ouve. sou uma relações públicas chinfrin, não gosto do conflito. quando entro em discussões, porém, quero ser ouvida. com certeza, é este meu desejo guardado por anos de tanto me calar que acaba gerando uma enxurrada de textos direcionados. mas, eles não são lidos. minha voz é colocada sempre em mudo. afinal, de contas meu diploma não importa. já o homem, precisa somente ser homem para ser ouvido, respeitado e ser autoridade no assunto. às vezes, quase sempre, tenho a impressão de que o único diploma que o homem precisa é ser homem. e se ele for um homem branco, nossa, vira phd em qualquer coisa.
reflexões diárias.
ainda sobre a minha voz, percebo que ela deve ser direcionada cada vez mais a quem me ouve constantemente, a quem está ao meu lado, que ri das minhas piadas, me motiva, não desiste de mim. e para estas pessoas que eu devo falar, escrever, cantar. para estas que mesmo perdendo um pouquinho a paciência comigo sempre têm algo a dizer.
e o que seria de nós se não tivéssemos sempre algo a dizer? e é esta necessidade de sempre falar, se impor que trago a minha última (eu acho) reflexão desta noite.
por que gostamos sempre de ser tão perfeitos? por que temos sempre um julgamento na ponta da lÃngua? e não se engane, esta também é o meu questionamento diário sobre a minha vida. aprendemos a montar uma vida perfeita, uma igreja perfeita e não estamos prontos a assumir nossos erros. só que nós sabemos o erro dos outros de cor e salteado. ah, se nós sabemos! a vida digital em igreja tem me permitido pensar muito sobre a igreja off. e se tem algo de que não sinto falta é da antiga igreja ao vivo.
não se engane, amo meus irmãos, eles são parte fundamental e importantÃssima da minha caminhada. porém, digo a você que continua neste texto mesmo depois de tantos devaneios, a igreja antes do coronavÃrus me cansa. no último culto que fui a igreja lembro que a congregação estava paralisada ouvindo a mensagem, até hoje recordo o tÃtulo do sermão. o pregador não pôde terminá-la porque não podia passar do horário. ele prometeu voltar para completar o que faltou. não voltará, provavelmente, neste ano. quantas oportunidades, quantos momentos o legalismo nos tira, não é?
é porque temos necessidade de transparecer perfeição. e daà vem a exclusão. não do pecado, mas sim do pecador. daà também vem a imprescindibilidade de sermos sempre perfeitos. na frente do pastor, na frente da direção e na frente de nós mesmos. amamos nos enganar.
graças a Deus por Sua Graça que não desistiu de mim e me dá todos os dias a chance de corrigir meus erros em Seus braços. graças ao Eterno por Sua Sabedoria em sempre. hoje, meu maior motivo de gratidão é que Ele não me abandonou.
a suma de todas as minhas aleatoriedades de hoje?
salmo 139.
obrigada a quem leu até o final. :)
talvez eu volte em breve.

0 comentários:
Postar um comentário